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Construindo o “novo normal” do turismo – pt. 2

Um bom começo é conhecer, analisar e colocar em prática os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. São uma série de ações e metas a serem alcançadas antes de 2030. Todas bastante ousadas, que dificilmente serão cumpridas na totalidade. Mas que servem para a reflexão e mudança de atitudes.
O turismo se relaciona com todos os objetivos, de uma forma ou de outra. Ao lançar os objetivos, a própria ONU o reconheceu como uma das atividades essenciais para o desenvolvimento sustentável no mundo pela capacidade de gerar empregos e promover a cultura local, além de estratégico para monitorar os impactos e gerir os recursos naturais.
Dentro desse contexto, podemos destacar o chamado turismo de base comunitária. Nele, valoriza-se a cultura local e gera-se renda real, pois quase todo o montante envolvido em um programa desse tipo é revertido para a comunidade. Diferente de um roteiro tradicional, onde todo o benefício é diluído em impostos. Além disso, também atua na preservação do ambiente e das comunidades, seguindo a linha de que floresta em pé vale mais do que desmatada.

Mundo pós pandemia

Diante de todo o exposto, a pergunta que fica é se todos esses fatos atuais e previstos para um futuro a curto e médio prazo terão efeitos concretos sobre o capitalismo. Perfeição dificilmente será alcançada, mas o equilíbrio é possível e o turismo pode ser um dos principais instrumentos para se chegar a ele. Para isso, ele próprio terá que alcançar o seu equilíbrio.
Primeiramente, como já visto, entendendo que o turismo de massa é mais prejudicial do que benéfico. Países desenvolvidos já estão preferindo turistas que desejam ter experiências autênticas, pois sabe-se que esses terão mais respeito com a cultura local e o meio ambiente, aliviando assim a pressão sobre os destinos lotados e com graves problemas de mobilidade. Além de gastarem mais, obviamente.
O turismo de massa foi a base de muitas economias, gerou emprego e renda e permitiu que países saíssem de crises econômicas (casos de Espanha e Portugal). Mas, com a chegada da Covid-19, aliada às mudanças climáticas cada vez mais evidentes, chegou a hora de rever esses conceitos e evoluir o discurso. Todos têm o direito de viajar, mas algumas premissas devem ser analisadas:
– A cidade deve ser boa primeiramente para o cidadão e depois para o turista;
– Turismo que só cresce em números absolutos não é bom o suficiente;
– O turismo, quando envolve troca de experiências, tem mais força de mudança;
– Impacto mínimo ao meio-ambiente e à cultura local;
– Mais turismo local, menos turismo para lugares distantes.

O Turismo e a “Economia Verde”

O turismo, por ser interconectado com vários segmentos, pode ser um dos combustíveis para a chamada “Economia Verde”. Mesmo as maiores empresas globais que não são ligadas ao setor também dependem do turismo. Todas têm o poder de exigir práticas sustentáveis não só dos hotéis e companhias aéreas que utilizam, como também dos governos com quem têm negócios. Os países desenvolvidos estão cada vez mais restringindo o comércio com aqueles que não tem o compromisso com o fim do desmatamento ou do trabalho escravo/infantil. Seus cidadãos estão cada vez mais preocupados com a procedência dos produtos consumidos.
O turismo pode ser um importante veículo das mudanças. O viajante esclarecido cobra mais dos governos e das empresas. Quanto mais viajantes esclarecidos existirem, maior o poder da mensagem. Antes da crise, eram mais de 1 bilhão e 400 milhões de viajantes pelo mundo (não contando os refugiados, aqueles que são obrigados a se deslocar). O poder dessas pessoas pode mudar o mundo, pois são elas que repassam e amplificam a mensagem dos outros 6 bilhões de habitantes que não viajam e vivem em condições de pobreza ou próximo disso.

As atitudes individuais têm fundamental importância no processo de preservação ambiental. Por isso, a conscientização para sempre pensarmos no turismo sustentável a partir de agora vai fazer ainda mais diferença nos impactos na natureza.

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